Pense num filme chato. Multiplique por dez. Agora assista! Um filme provocativo, sensível que promove reflexões. Porém, acho que estendeu demais e desfecho poderia ter vindo antes. Eu acho que o relacionamento entre homem, maquina e o mundo virtual é apenas o pano de fundo. E também vejo reflexões existenciais, o que é o amor? O que é a consciência humana?
Circular dado, vamos falar do filme. O filme é todo focado em Jennifer Lawrence, que carrega o filme nas costas. A escolha da atriz se faz acertada uma vez que ela consegue com expressões faciais, tom de voz e postura corporal transmitir uma certa inocência mesclada com pureza e desconforto. Seu primeiro ato é ligeiro, com bastante humor à la sitcom mas aos poucos as situações que antes arrancavam risadas, começam a arrebatar suspiros e causar desconforto no segundo ato, culminando em um aterrorizante terceiro ato. A trilha sonora impactante e a cinematografia exuberante. Quanto a cinematografia de Matthew Libatique, a escolha de filmar em super closes, limita um pouco os tradicionais enquadramentos que Darren e Matthew vinham apresentando nos filmes anteriores. A forma alegórica com que Darren dispõe seus personagens deixa benefício claro que o filme é um resumo de Gênesis à Apocalipse. Comecemos pelo personagem de Javier Bardem.