Aquela certeza que sussurra baixinho dentro de si. Por que ainda é um tabu namorar depois dos filhos? Nem sempre no corpo, mas fica a marca. Sabe cozinhar, limpar, adivinhar se vai chover. Vira a chata e a cansada. Quando essa frase me foi dita, eu vi meu receio tomar forma. Isso porque transpassa o que foi dito no início. É cansada e sagrada. Para preencher o posto faltante.
Quem faz parte da letra L da sigla, de lésbicas, ou B, de bissexuais, no caso das mulheres, exatamente precisa lidar com o machismo e outras questões de gênero e sociais. Quando começou a frequentar e se inserir em grupos de mulheres, no ano passado, conta que, toda vez que falava sobre Laura, as conversas logo eram encerradas sem muitas explicações. Solteira e bissexual, teve apenas um relacionamento sério com homens, justamente o pai do seu filho. Os outros foram com mulheres. Também ouvi certa vez de outra pessoa: 'você tem filho, inventou isso se relacionar com mulheres agora. Todo mundo vem com um pacote, tem um histórico, um passado. A alternativa para conhecer alguém bacana é, assim como para qualquer um, continuar tentando.
Famosas, anônimas, amigas minhas, conhecidas, amigas de amigas, ex de meus ex-namorados. Sempre me perguntei os motivos e toda vez fico besta com o quanto, depois desse redirecionamento, me parecem restante felizes, estilosas e bem cuidadas. Obviamente, pode ser isso, em alguns casos. Acho que tem muito mais cousa aí.
Nome, Alamy. A ideia de namorar na Suécia pode evocar fantasias românticas, quanto jantares à luz de velas em apartamentos nórdicos minimalistas ou caminhadas na neve na companhia de parceiros que gostam da natureza e têm corpos esculturais. A realidade para profissionais expatriados que moram no país e esperam encontrar ali sua cara-metade, no entrementes, é outra. Fim do Talvez também te interesse. Crédito, Getty Images. Mesmo mesmo na capital Estocolmo, que vive uma grande crise habitacional, ainda é mais barato morar sozinho do que em outras grandes cidades que atraem talentos internacionais, como Londres ou San Francisco. Para estrangeiros como a brasileira Raquel Altoe, de 34 anos, a singularidade de trabalhar em uma das sociedades com mais solteiros do planeta tem uma desvantagem distinta. Crédito, Raquel Altoe.